Dublin Core
Título
Dunshee de Abranches
Assunto
Compositores
Autor
Daniel Lemos Cerqueira
Colaborador
Raimundo Hélio Lopes
Idioma
Português
Identificador
Biografia
Pessoa Item Type Metadata
Nome - transcrição diplomática
João Dunshee de Abranches Moura
Nome - normalizado
ABRANCHES MOURA, João Dunshee de
Nascimento
São Luís, Maranhão, Brasil, 2 de setembro de 1868
Óbito
Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil, 11 de março da 1941
Especialidade
Violinista, Compositor
Biografia
João Dunshee de Abranches Moura nasceu na cidade de São Luís no dia 2 de setembro de 1868, filho de Antônio da Silva Moura e de Raimunda de Abranches Moura. Seu avô materno, João Antônio Garcia de Abranches, foi político, jornalista e fundador do jornal O Censor no Maranhão durante o Império. Iniciou seus estudos em São Luís e em 1884 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, então capital do Império, tornando-se um defensor das causas abolicionista e republicana. Em 1888 foi nomeado promotor público em Barra do Corda (MA) e, para assumir o cargo, abandou o curso de medicina. No ano seguinte, abdicou da promotoria e retornou ao Rio de Janeiro, onde concluiu seu curso superior. Aí estava quando a República foi proclamada, em 15 de novembro de 1889. Em 1890 tornou-se professor de física, química e história natural no Instituto H. Köpker e no Colégio Brasileiro-Alemão. Também se formou em direito e foi professor honorário da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Quando Rodrigues Alves (1902-1906) assumiu a presidência da República, foi nomeado comissário do governo junto aos institutos equiparados de ensino secundário e superior. Por conta dessa atividade, escreveu três relatórios ao ministro do Interior. Em 1903 foi eleito deputado estadual no Maranhão. Foi sucessivamente reeleito deputado estadual até o ano de 1910, a despeito de ter sido eleito deputado federal em 1905. Nesse ano exonerou-se do cargo de comissário do governo de Rodrigues Alves. Igualmente reeleito deputado federal para várias legislaturas, permaneceu na Câmara dos Deputados de 1905 a 1917 e aí presidiu a Comissão de Diplomacia e Tratados, a Comissão Especial de Justiça Militar e a Comissão Organizadora do Código Penal Militar. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), posicionou-se contra a entrada do Brasil no conflito e contra o rompimento de relações com a Alemanha, tendo por isso renunciado à presidência da Comissão de Diplomacia. Fez parte ainda das comissões especiais de reforma da Contabilidade Pública, da Marinha Mercante e do Estatuto dos Funcionários Públicos. Também foi eleito para a Comissão de Instrução Pública, mas não aceitou o posto. Após deixar a Câmara, dedicou-se à advocacia em um escritório estabelecido na cidade do Rio de Janeiro. No campo jornalístico, teve intensa atividade. Em 1888 fundou, ao lado de Izac Martins e Antônio Rocha Lima, o periódico O Norte, na cidade de Barra do Corda. Colaborou com os jornais Aurora Boreal, Gazeta do Povo, Século, Pacotilha, País, Diário do Maranhão e Federalista, do Maranhão, e também com Federação, do Amazonas; Gazeta da Tarde, de Pernambuco; Federação, do Rio Grande do Sul; República, do Pará; Comércio de S. Paulo, de São Paulo; e Diário do Norte, da Bahia. No Rio de Janeiro, foi colaborador do Jornal do Comércio, Gazeta de Notícias, Tribuna e Correio da Manhã; diretor de O Dia; redator de O País, e redator do Jornal do Brasil, de 1895 a 1900. Em 1910, foi eleito presidente da Associação Brasileira de Imprensa. Reeleito em 1912, ocupou o posto até o final de 1913. Durante sua administração, promoveu a reforma estatutária, aprovada em 1911, e a mudança de nome da instituição para Associação de Imprensa dos Estados Unidos do Brasil. No novo estatuto, ficou aprovada a criação do cargo de bibliotecário, dos congressos de jornalistas – realizados a cada cinco anos – e de um Tribunal de Imprensa, para atuar nos conflitos envolvendo a categoria. Ainda durante sua gestão, foram criados a carteira de jornalista, o distintivo de sócio e um fundo de auxílio funeral. A associação passou a ter uma nova sede, localizada em um prédio na avenida Rio Branco, então avenida Central, esquina com rua da Assembleia, o Centro do Rio de Janeiro. Outra conquista que obteve foi a aprovação, na Câmara dos Deputados, de um projeto de lei que concedia um auxílio anual de 20 contos de réis à associação. Foi também sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e membro da Academia Maranhense de Letras. Faleceu na cidade de Petrópolis (RJ) no dia 11 de março de 1941.
Bibliografia
ABRANCHES, J. Governos. In: ASSOC. BRAS. IMP. Disponível em
<http://www.abi.org.br/paginaindividual.asp?id=200>. Acesso em <18 mai. 2010>.
<http://www.abi.org.br/paginaindividual.asp?id=200>. Acesso em <18 mai. 2010>.